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Especialistas em Custos de Transporte da UCCA apostam em Tecnologia para Redução da Burocracia

Especialistas em Custos de Transporte da UCCA apostam em Tecnologia para Redução da Burocracia

O Comité de Especialistas sobre Custos de Transporte da União dos Conselhos de Carregadores Africanos (UASC) reunido recentemente em Accra-Ghana, apelou aos seus membros o uso da tecnologia para a redução da burocracia, aumento da transparência e em uníssono deliberar sobre os altos custos de transporte na indústria da logística.

Durante dois dias e sobre a presidência da Dra. Benonita Bismarck, Directora Executiva da Ghana Shippers’ Authority, os Especialistas sobre Custos de Transporte da UCCA apontaram algumas saídas para debelar os elevados custos dos fretes para o continente, praticados pelas companhias de navegação marítima, armadores e transitários.

Angola que participou do encontro de Accra, com uma delegação da Agência Reguladora de Certificação de Cargas e Logística de Angola (ARCCLA), defendeu a necessidade de uma legislação actualizada que regulamente o frete na multimodalidade, o que permitiria a actuação linear das bolsas de frete continental na negociação com carregadores e operadores de transportes.

Os Especialistas Angolanos sobre Custos de Transportes, abordaram ainda na reunião rotativa deste Comité da União dos Conselhos de Carregadores Africanos, a fraca sincronização entre os diversos modais existentes na maioria dos países da região.

Para os representantes angolanos à reunião da UASC, a redução nos custos doo transporte depende em grande medida da organização logística interna dos africanos, algo que os países membros da UCCA precisam desenvolver para a promoção do comércio sul-sul.

O Banco Mundial estima que os custos de transporte para a África Subsaariana são em média 50 por cento mais altos do que em outras regiões do mundo, valores que incidem significativamente no custo total das mercadorias e consequentemente no preço ao consumidor.

A alegada pirataria nos mares africanos, provocou a desistências da navegação para Africa das grandes companhias, deixando o negócio do transporte marítimo de mercadorias, a armadores arrojados e expostos ao risco, que estipulam a seu bel-prazer o valor do frete no embarque de carga internacional para África e vice-versa.

O estabelecimento de uma bolsa africana de fretes, cadeias de abastecimento eficientes, infra-estruturas logísticas e redes de transporte inteligentes e multimodais, desenvolvimento de economias de escala e estruturas regulatórias adequadas, são mecanismos urgentes e obrigatórios a implementar pelos países membros da UCCA, com vista a retirar o continente do nível de pobreza e dependência em que se encontra, recomendam os especialistas africanos da UASC.

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