O secretário de Estado dos Transportes Terrestres, Jorge Bengui mostrou-se indignado com a decisão de paralisação dos taxistas, após deliberação pela Comissão Multissectorial para a Prevenção e Combate à Covid -19, autorizando a lotação dos veículos em cem por cento.
Para o S.E.T.T Jorge Bengui a paralisação dos serviços de táxis, coordenada pelas três associações socioprofissionais ATA, ATL e ANATA “demonstra falta de consideração pelo país”, por terem recusado sentarem-se a mesma mesa com a Comissão Multissectorial, com quem deveriam abordar os pontos constantes do caderno reivindicativo.
Na reunião segundo Jorge Bengue, foram discutidas as preocupações dos taxistas representados pelas três associações que negoceiam com os Governos de Luanda e Central através da CMC-C19,” Há algumas acções que levam algum tempo para materialização e não é de um dia para o outro que se arranjam estradas e se resolvem determinados problemas” disse.
A atitude de pressionar violentamente a paralisação, levando a actos de vandalismo, agressão física e destruição de bens púbicos e privados, prejudica “uma franja grande da sociedades disposta a trabalhar; é muito triste e nada bom esse tipo de comportamento, por parte de associações maioritariamente jovens”.
A greve com duração prevista de três dias, terá envolvido cerca de 23 mil filiados das Associações de Taxistas de Luanda (ATL), Nova Aliança e Associação Nacional de Taxistas de Angola (ANATA). Os taxistas reclamam de alegada “extorsão, pelas forças de defesa e segurança”, a “não profissionalização da actividade de táxi”, a “falta de carteira profissional”, a “exclusão dos taxistas nas políticas do Executivo”, o ”mau estado das vias e a falta de iluminação na via pública”.
As reclamações constam de um caderno de nove pontos, entre os quais um referente ao aumento da taxa de ocupação dos táxis, de 50 para 100 por cento, medida já autorizada pelo Governo, para se dar resposta à demanda da população.