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ARCCLA NA CONFERÊNCIA FERROVIÁRIA AFRICANA

ARCCLA NA CONFERÊNCIA FERROVIÁRIA AFRICANA

A necessidade de “Transformar o Transporte Ferroviário Através de Soluções Logísticas Inovadoras para uma Mudança Modal Acrescida”, foi o mote que a Associação de Caminhos-de-Ferro da África Austral (SARA) levou para a 11ª edição do seu evento que reuniu em Joanesburgo de 26 a 28 de Outubro governos, stakeholdersestratégicos, empresas, fornecedores, utilizadores eespecialistas da indústria.

O evento da SARA, organizado exclusivamente por operadores ferroviários africanos da região Austral, abordou a importância da integração regional e do comércio, o projecto de desenvolvimento e manutenção de infra-estruturas ferroviárias na região da SADC, onde se pode reconhecer já companhias a investirem na produçãode insumos para a ferrovia.

No acto de abertura do evento a presidente da Associação dos Caminhos de Ferro da África Austral “SARA”, Mizakele Mzimela, recordou que “a transformação dos caminhos-de-ferro não é somente uma responsabilidade das empresas, mas também dos Governos, das operadoras e utentes, tendo em conta os desafios sócio económicos que a região vive”. 

O chamariz do evento foi de facto o painel ferroviário, com a participação de vários responsáveis de caminhos-de-ferro e portos da região, dentre os quais os Caminhos de Ferro de Luanda, o Caminho de Ferro de Benguela –EPe o Caminho de Ferro do Namibe; que mereceu um acento tónico da Presidente da SARA , Mizakele Mzimela, o sucesso desta conferência depende do envolvimento de todos os participantes, mas sobretudo a implementação das estratégias que serão discutidas ao longo dos dias.  

Um outro Painel que despertou particular atenção dos participantes foi a discussão sobre o financiamento dos investimentos em Infra-estruturas ferroviárias na região. Conforme declarado pelo Vice-presidente do DBSA, Sr. Davis Pwele, existem recursos disponíveis e vontade para financiar este tipo de investimentos, porém, o mesmo alerta para uma necessidade de maior colaboração na preparação dos projectos.

A Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola (ARCCLA) cuja actividade trafega por todos os modais participou do evento com uma delegação chefiada pelo seu presidente do conselho de administração Catarino Fontes Pereira que em um vídeo expositor falou da instituição que dirigi.

“Esta Agência, (a ARCCLA) tem a missão de ajudar na dinamização da complexa rede logística ao longo do Corredor do Lobito que garante o transporte fiável, a criação de entrepostos logísticos certificados para processos de exportação e a instalação de pontos de consolidação de carga com ligação à Rede Nacional de Plataformas Logísticas. Para completar o quadro, trabalhamos também com parceiros para optimizar os serviços de transporte de mercadorias e requalificar as estradas regionais e nacionais entre os centros de produção agro-pecuária das quatro províncias angolanas que o corredor atravessa e os pontos de processamento de carga. A nossa instituição assume-se como uma peça fundamental para injectar no Corredor do Lobito a força que lhe dará vida e dinamismo”.

A Conferência da SARA fornece uma plataforma para que os stakeholders da indústria ferroviária compartilhem experiências com o objectivo de melhorar o desempenho ferroviário e sua contribuição para o desenvolvimento económico regional, em consonância com as disposições do Protocolo da SADC sobre Transporte, Comunicações e Meteorologia.

Os participantes defenderam a importância do papel dosgovernos na reconstrução da indústria ferroviária pós Covid19 com referência específica a melhoria da infraestrutura ferroviária, a implementação da política do fundo ferroviário (alocação orçamentária) e a importância do cumprimento das normas ferroviárias (segurança, serviços de qualidade, shairing de recursos e habilidades).

Em representação do Ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu,  esteve o Director  Nacional da Economia das Concessões, Eugénio Fernandes, que participou do primeiro painel de debates, tendo destacado os grandes investimentos feitos no sector ferroviário, com referência ao processo de Concessão que decorre neste momentos noCaminho de Ferro de Benguela.

O governo angolano prepara uma autêntica revolução no sector ferroviário analisando os pontos fortes e frágeis dos modelos de gestão das infraestruturas, com aposta na capacitação dos vários agentes envolvidos no projecto e criando incentivos aos produtores para aderirem ao sistema de transporte ferroviário, a que chama: Plano de Dinamização do Corredor do Lobito.

 

 

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